terça-feira, 28 de setembro de 2010

Já utilizada em algumas escolas, a disciplina de música ajuda na inclusão social

No segundo semestre de 2011, entra em vigor uma lei que torna obrigatório o ensino de música nas escolas públicas e particulares do país. O objetivo da determinação, no entanto, não é formar músicos, mas sim que os alunos adquiram o conhecimento da linguagem musical e ampliem sua formação artística, diz Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação.

Na escola estadual Romeu de Moraes (zona oeste de São Paulo), o ensino de música já é usado como instrumento de inclusão social. As aulas incluem fanfarra, teatro, dança e até um coral de libras --em que os alunos "encenam" a música com as mãos. Único deficiente auditivo da turma, Marcelo José da Silva Macedo, 14, conta que fez amigos no coral e que hoje se sente mais integrado.

"O colégio viu na música um bom elemento para unir os estudantes e despertar neles a vontade de permanecer no ambiente escolar, além de desenvolver talentos e liderança", afirma a diretora da escola, Rosângela Valim.

Outro aluno que sentiu a diferença que a música fez na sua vida escolar foi Antonio Manta Neto, 13, que toca bateria na escola de samba Águia de Ouro. Antes visto como um aluno de temperamento difícil, seu comportamento mudou quando ele levou a música para a escola, em junho deste ano. "A diretora percebeu que eu gostava de tocar e me convidou para coordenar a banda da escola."

Todas as atividades são desenvolvidas com o apoio dos Parceiros da Educação, associação sem fins lucrativos que promove parcerias entre empresas e escolas da rede pública de São Paulo.

FINS SOCIAIS

Na rede privada, grande parte das escolas também usa a música com fins pedagógicos e sociais. "Trabalhar a música com diversas disciplinas e eixos temáticos explora as capacidades cognitivas dos estudantes. É um elemento a mais para desenvolver o indivíduo e sua relação com o outro", diz Gisele Milani, professora da Viva (zona oeste).

Nas aulas de ciências do 3º ano do fundamental, quando os rios são estudados, os alunos tocam instrumentos que reproduzem o som da água. Melhoria da concentração e respeito em relação aos colegas são outros bons resultados originados pela musicalização nas escolas.

A professora Suely Lerner diz que, no colégio Dante Alighieri (zona oeste), a música é vista como uma linguagem para desenvolver a socialização, a memória, o raciocínio e a improvisação.

Essa última habilidade é colocada em prática, por exemplo, em um exercício em que um aluno começa a tocar um instrumento e os outros o seguem, um por vez, mantendo o ritmo da melodia que o primeiro iniciou.

Fonte: UOL Educação

Escolas em extremos opostos apontam desafios da educação no Brasil

Estadual Madre Paulina, no Itaim Paulista, no extremo leste de São Paulo, fica a cerca de 40 quilômetros do Colégio Vértice, no bairro de classe média do Campo Belo. Mas, em termos de qualidade da educação que os alunos recebem, estas duas escolas estão em dois planetas diferentes.

Raquel, 16 anos de idade, cursa o último ano do ensino médio no Colégio Vértice, o primeiro colocado nacional no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) com uma pontuação média de 749,7. Famílias de classe média, como a de Raquel, precisam fazer um esforço para pagar as mensalidades de R$ 2,7 mil.

Apesar do valor alto, mais de cinco vezes o do salário mínimo, há uma longa lista de espera de pais dispostos a pagar pela melhor educação possível para os filhos.

"Os alunos aqui querem mesmo aprender. Temos o objetivo de entrar nas melhores universidades e isso nos motiva a estudar", diz Raquel. "Eu sei muito bem das oportunidades que tenho e que grande parte da população do Brasil e do mundo não tem."

'Ambiente agradável'

O conjunto de sobrados que forma a escola não tem luxos, mas é um ambiente agradável e com ar de casa do interior, cheio de flores coloridas e pequenas árvores.

"Todas as salas de aula levam a pequenos jardins. Faz diferença estudar num ambiente agradável", diz Walkiria Ribeiro, que fundou a escola em 1976 e hoje é sua diretora geral.

“Acho que o que fizemos de mais importante aqui foi pensar num método de ensino que funcionasse bem no Brasil e para nossos alunos, em vez de ficar adotando fórmulas e modelos prontos que existem por aí”, diz a educadora.

Na Escola Estadual Madre Paulina, Eric - também 16 anos de idade e no último ano do ensino médio – vive numa realidade bem diferente.

Antes de sair pra escola, ele toma café da manhã sozinho, porque a mãe tem que sair às 5h de casa para chegar a tempo na fábrica em que trabalha.

Eric vive num conjunto habitacional ao lado de uma favela e, nos dez minutos de caminhada pelas ruas do bairro até a escola, vê com frequência traficantes em plena atividade, tendo como clientes seus colegas de colégio.

"Às vezes, vejo no caminho amigos que não querem vir para a aula, e eu tento convencê-los a vir comigo pra escola. Mas tem muitos que dizem que não adianta porque nós não aprendemos nada ", conta Eric.

'Destruição'

A escola Madre Paulina fica num prédio grande e um tanto quanto sombrio, coberto de pichações e com lixo espalhado pela grama. Dentro, há mais pichações e muitas portas, janelas e móveis quebrados.

Eric admite que os alunos têm a sua parcela de culpa na destruição, mas vê motivos para esse comportamento. "Muitos fazem isso porque não estão motivados, então eles vêm para a escola e fazem pichação e quebram tudo. É até uma maneira de eles se expressarem,” diz o estudante.

Os alunos do Colégio Madre Paulina tiveram nota média de 465,75 no Enem, o que colocou a escola entre as 20 piores de São Paulo. Os alunos com notas mais baixas no Brasil (249,25) foram os da Escola Indígena Dom Pedro 1º, na pequena cidade de Santo Antonio do Iça, no Amazonas.

"Ninguém aqui está motivado, nem mesmo os professores. Como é que pode isso? Esses professores são as pessoas que têm de preparar os médicos e engenheiros do futuro", diz Eric.

Durante os governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil conseguiu colocar virtualmente todos os seus jovens na educação básica, mas melhorar a qualidade do ensino será o grande desafio para o próximo governo ou, mais provavelmente, para os próximos governos.

"Melhorar a educação é maior desafio que temos para continuar crescendo. Educação demanda tempo, competência e muito cuidado e atenção às crianças e adolescentes, e o sistema educacional no Brasil é carente de todas essas virtudes", diz o professor de relações industriais da Universidade de São Paulo, José Pastore.

"A evolução ao longo dos últimos anos é real e rápida, mas as conquistas ainda são muita pequenas. Apenas cerca de um terço da população no Brasil tem o ensino secundário, enquanto, nos países ricos, este valor atinge 75% a 80%. "

Pastore observa que os trabalhadores brasileiros têm uma média de 7 anos de estudo contra 11 anos na África do Sul, 12 anos nos Estados Unidos e até 13 anos em partes da Europa. "E eles vão para as boas escolas, enquanto os brasileiros vão a escolas ruins."

Corrida desigual

Tanto Raquel como Eric são estudantes esforçados, com boas notas e grandes planos para seus futuros e o do país, mas eles sabem que estão entrando na corrida em condições bastante diferentes.

No Colégio Vértice, há um professor para cada dez alunos e 30% dos educadores têm mestrado. Os salários são em torno de R$ 7 mil por mês.

Raquel passa a maior parte do dia na escola com aulas regulares até a hora do almoço e aulas de reforço a tarde. "Eu costumava fazer muito esporte, como aulas de natação e judô, mas agora a vida é só estudar para me preparar para o vestibular."

Raquel ainda não decidiu se quer estudar Biologia ou Relações Internacionais. "O que é importante para mim é encontrar alguma coisa na minha profissão que me permita ajudar outras pessoas", diz ela.

Eric não tem dúvidas sobre o que ele quer fazer do seu futuro: "Quero ser engenheiro para explorar a imensa riqueza do pré-sal."

Mas isso não é tarefa fácil para os alunos de uma escola como a Madre Paulina, onde os professores têm uma média de 50 alunos e um salário de R$ 900. "Como posso me tornar um engenheiro com o tipo de educação que recebo?"

Mas Eric não desiste. Ao contrário: ele entrou na União Municipal de Estudantes Secundaristas (Umes) e se tornou vice-presidente para Zona Leste de São Paulo na entidade estudantil. "Meu sonho é que outros também possam realizar seus sonhos", diz ele.

Mudanças

O Ministério da Educação admite que o país ainda está muito longe de onde deveria estar, mas diz que mudanças importantes aconteceram durante o período Lula.

"O ensino público tem avançado muito no governo Lula, porque passamos a investir, adotamos uma abordagem sistêmica da educação primária até a universidade e começamos a preparar melhor nossos professores", diz a secretária de Educação do MEC, Márcia Pilar.

Pilar explica que, em 2005, um estudo feito pelo Ministério da Educação avaliou escolas públicas brasileiras com uma nota média de 3,8, numa escala de zero a dez.

"Nosso plano é chegar a 2022, o bicentenário da independência do Brasil, com nota 6, o que seria já perto da qualidade de alguns países da OCDE", diz Pilar.

"Nenhum país jamais conseguiu reformar o seu sistema de ensino em menos de uma geração, mas temos tomado medidas que já têm um impacto importante, como o aumento do número de estudantes nas universidades."

Mas as empresas brasileiras – com a oportunidade de crescimento que o Brasil tem agora – podem não conseguir esperar por uma geração. Para atender às necessidades urgentes da indústria, governo e setor privado têm investido fortemente nas escolas técnicas.

Torneiro mecânico

Nas escolas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), quase 90% dos jovens se formam com empregos já garantidos. É ótimo para eles, mas mostra a carência do Brasil de trabalhadores qualificados.

"Há uma grande demanda por trabalhadores qualificados, sobretudo em mais áreas de alta tecnologia, como informática e mecatrônica", diz o diretor do sistema Senai no Estado de São Paulo, Walter Vincioni.

"Mas um problema sério é que as tecnologias com que trabalhamos são muito sofisticadas e aprender a usá-las requer uma boa formação básica que muitos dos alunos que recebemos aqui não têm, infelizmente. "

No primeiro andar do Senai Roberto Simonsen, no bairro Paulistano do Brás, está um antigo torno cuidadosamente restaurado, que o adolescente Luiz Inácio da Silva usou no início das anos 60 para aprender o ofício de torneiro mecânico.

Embora tenha apenas completado a educação fundamental no ensino regular, o curso profissionalizante lhe abriu caminho para se tornar uma metalúrgico, um líder estudantil e, finalmente, o presidente Lula. Entretanto, a história é a exceção que confirma a regra: não é fácil de quebrar as barreiras das diferenças sociais sem acesso à educação.

"Está provado que, no Brasil, a educação é o caminho mais rápido para a mobilidade social. Temos tal força de trabalho pouco qualificada que qualquer conhecimento adicional, mesmo que pequeno, é suficiente para melhorar bastante de vida", diz o professor Pastore.

Propostas

O professor disse que não ouviu, dos candidatos à Presidência, "nada realmente interessante ou concreto sobre a educação."

Em sua opinião, a própria sociedade também precisa ser mais ativa.
"O grande problema é que, em um país onde a educação nunca foi prioridade, muitos pais estão felizes simplesmente porque agora seus filhos vão à escola e, portanto, não exigem mais", diz ele.

"Precisamos encontrar maneiras de unir a sociedade para lutar por mais qualidade na educação. As pessoas no Brasil têm de perceber como isso é importante."

Fonte: UOL Educação

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Escolha da Profissão

A ESCOLHA DA PROFISSÃO_ set/2010
Algumas dicas para escolher a profissão


 PARA REFLETIR:
1. O que gosto de fazer? O que me deixa feliz? (Listar tudo...).
2. Quais as coisas que mais gosto? (selecionar as mais importantes).
3. O que gostaria de conseguir com essa escolha? (visão de futuro).
4. O que não gostaria de fazer? O que me aborrece ...
5. Qual área de conhecimento tenho mais habilidades?

 Pesquisar as profissões que mais lhe interessam:
1. O que sei sobre essa profissão?
2. Qual o perfil exigido para atuar nesse campo de trabalho?
3. Quais vantagens e desvantagens? (desafios).
4. Quais conhecimentos específicos são exigidos (área de atuação)?
5. Qual minha experiência nessa área?

 Metas e Plano de Ação
1. Fazer um cronograma e estudo x metodologia. (descobrir qual seu melhor método/aprender).
2. Pesquisar sobre o assunto (livros, revistas, internet, profissionais da área...).
3. Conhecer o ambiente que quer trabalhar (visitar, estagiar, ser voluntário).
4. Fazer cursos, buscar qualificação na área que quer atuar.
5. Dizer para todos, divulgar o que lhe interessa.
Outros:

Vídeo: o vendedor de picolé.
http://aprendologotransmito.blogspot.com

www.mundovestibular.com.br/.../testes/teste_vocacional/teste_vocacional.html

http://www.guiadasprofissoes.com.br/

http://www.vestibular.brasilescola.com/guia-de-profissoes/

http://www.algosobre.com.br/guia-de-profissoes/

http://www.webvestibular.com.br/profissoes_de_vestibular.html


 Curiosidades: As piores profissões do mundo

A revista americana Pop Science publicou sua polêmica lista anual dos piores trabalhos na área de ciências:
1. Mergulhadores:
Com roupas especiais, eles mergulham em esgotos e rios poluídos.
2. Oceanógrafo:
Eles só têm notícias ruins: peixes em extinção, fim do recifes e poluição do mar.
3. Esterilizador de elefante:
Um testículo de elefante tem mais de 20 cm de diâmetro. Precisa dizer mais?
4. Especialista em lixo:
Eles coletam material em lixões para analisar os padrões de consumo da sociedade.
5. Preparador de material de aulas de ciências:
Respiram substâncias tóxicas usadas para preservar tecidos de animais usados em aula.
6. Técnico de segurança da Microsoft:
Recebem mais de 100 mil e-mails por ano com reclamações.
7. Especialista em ausência de gravidade:
Estudam os efeitos do espaço nos astronautas. Têm atrofia muscular e degeneração óssea.
8. Examinador antidoping:
Em uma olimpíada, por exemplo, analisam mais de 4.000 amostras em 21 dias.
9. Entomologista forense:
Resolve assassinatos pelo estudo das larvas de insetos.
10. Pesquisador de fezes de baleia:
Usa cães farejadores para localizar o excremento boiando a meio quilômetro de distância.

Informações tiradas do site: http://portalicapara.com.br/category/curiosidades/

Pela 1ª vez, estudantes brasileiros participam de concurso para 'alterar' logo do Google


Estudantes brasileiros poderão alterar a logomarca do Google – apelidada de Doodle quando marca datas comemorativas – na primeira edição do concurso Doodle4Google no Brasil, segundo anunciou a empresa nesta terça (21) em São Paulo. Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos deverão enviar desenhos inspirados no tema “O Brasil do Futuro” até o dia 4 de novembro e a imagem vencedora será exibida durante 24 horas no buscador brasileiro. Veja alguns dos primeiros desenhos feitos por estudantes das escolas CEU Meninos, EE Ludovina Credídio Peixoto e Elvira Brandão.

Para cada desenho enviado, o Google irá plantar uma muda de árvore em duas áreas pré-selecionadas em São Paulo e Paraná, iniciativa até então inédita dentro do Doodle4Google, concurso realizado desde 2005 em vários países do mundo.

A expectativa da empresa é receber cerca de 100 mil desenhos, marca que superaria o recorde mundial do concurso, que é do México com 70 mil desenhos. Com o número correspondente de mudas, seria possível restaurar aproximadamente 50 hectares de Mata Atlântica.

Pelo Google Earth, será possível acompanhar a evolução das árvores plantadas durante os próximos cinco anos, conforme informou Alexandre Hohagen, diretor geral do Google para a América Latina. “Essa é a primeira vez que realizaremos o concurso no Brasil, mas há pelo menos dois anos queríamos trazê-lo para cá”, explicou.

Como funciona

O concurso será dividido em três categorias por faixa etária (6 a 9 anos, 10 a 12 anos e 13 a 15 anos).

De cada uma delas sairão três finalistas, cujos desenhos passarão por um júri especial, com o jornalista e cartunista Ziraldo, além de Sérgio Valente, presidente da agência DM9DDB, Adams Carvalho, artista plástico e ilustrador, Chico Zullo, ilustrador e cartunista e Leandro Robles, ilustrador e cartunista.

Além do desenho, a criança deverá explicar num texto de até 50 palavras a relação com o tema "O Brasil do Futuro". Eles devem ser enviados pelos Correios até dia 4 de novembro.

O vencedor ganhará uma bolsa de estudos de R$ 30 mil, um laptop, uma sala Google para a escola em que estuda, além de uma viagem até o local do reflorestamento para o plantio da muda. Quem ficar em segundo e terceiro lugar ganhará um laptop. O resultado será anunciado no dia 7 de dezembro.

Escolas e estudantes interessados em participar podem entrar em contato com o Google pelo 0800 777 1880. Outras informações sobre o concurso estão em www.google.com.br/d4g.

Fonte: UOL Educação

Brasil tem 42 milhões de estudantes em escolas públicas, segundo preliminar do censo escolar

Em 2010, o país registrou 42.191.928 estudantes em escolas públicas, segundo dados preliminares do Censo Escolar da Educação Básica de 2010, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O número representa queda de matrículas de 6,8% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 45.270.710 matrículas na rede pública.

As estatísticas, divulgadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24), são relativas às matrículas públicas atendidas pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

O número apresentado, no entanto, deve sofrer alterações, uma vez que há mais de 300 cidades com informações incompletas no sistema. O prazo para envio de dados termina em 24 de outubro. Veja a relação dos municípios que devem mandar complementação de dados.

Os gestores e as escolas devem ter documentos que comprovem as informações declaradas ao censo escolar, para possíveis verificações. O envio dos dados garantem a distribuição do fundo e demais programas que utilizam as informações do censo, como distribuição de alimentação escolar, livro didático e transporte escolar, dentre outros. As redes que permanecerem com dados faltantes podem perder recursos.

Os dados consolidados estão previstos para serem divulgados no final de novembro.

*Com informações do Inep.

Fonte: UOL Educação

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O inconsciente sexual de Freud ainda pulsa?


No dia 23 de setembro de 1939, Sigmund Freud morreu em Londres, na Inglaterra. Nos últimos anos de sua vida, o "pai da psicanálise" vivia uma época negra. Muito debilitado por problemas de saúde, também administrava as críticas contra suas polêmicas teorias e se preocupava com as constantes ameaças das tropas nazistas contra ele e sua família.

Passados 71 anos de sua morte, contudo, a psicanálise ficou e permanece uma constante na cultura ocidental. Entre prós e contras, continua a suscitar a curiosidade das pessoas, principalmente no que se refere aos sonhos, o inconsciente, a sexualidade e o mal-estar na cultura.

Entender todas essas teorias está longe de ser tarefa impossível, pois o texto didático do psicanalista sempre foi muito claro e direto, e com o tempo surgiram muitas obras que visam contribuir na transmissão da psicanálise.

O livro "Freud", de Luiz Tenório Oliveira Lima, trata de forma resumida e objetiva os principais assuntos desenvolvidos pelo psicanalista. A obra presta, sem se prender a fatos da vida particular, o papel de informar e apresentar o mundo freudiano ao leitor de forma cronológica.

"A maneira pela qual Freud desenvolveu suas ideias, entre o final do século 19 e grande parte do século 20, marcou definitivamente o pensamento contemporâneo", escreve o autor. No livro, Luiz Tenório resgata os primeiros estudos sobre a histeria, na época em que Freud ainda atuava como médico, além de comentar sobre os futuros caminhos da psicanálise.

A vida em letras

Outras obras interessantes abordam, cada uma com suas particularidades, vida e obra do psicanalista.

Escrito pelo psicanalista francês Octave Mannoni, "Freud: Uma Biografia Ilustrada", é um texto indicado para os que já ingressaram nas leituras psicanalíticas. Neste livro, o autor elabora a narrativa revelando os casos clínicos tratados por Freud e todas as dificuldades - intelectuais e financeiras - vividas na época. Com esta fórmula, Mannoni busca ilustrar como as experiências frustrantes do personagem, suas indignações e os apoios de poucos amigos contribuíram e estimularam o desenvolvimento das teorias.

"Freud: Uma Vida para nosso Tempo", de Peter Gay, é um texto mais romanceado e preocupado em apresentar detalhes de sua vida. Por meio de documentos inéditos, cartas e entrevistas, o autor realiza uma ampla análise sobre a influência da psicanálise na cultura contemporânea. Esta obra é interessante para o leitor que busca compreender o cenário social que Freud respirava. O autor deixa claro também como o cenário austríaco e sua rica cultura contribuíram para o surgimento e o avanço da psicanálise no resto do continente europeu.

"Vida e Obra de Sigmund Freud", escrita por Ernest Jones, é importante pelo fato de o autor ter convivido por muitos anos na companhia do psicanalista. Por mais que algumas informações sejam contestadas, o relato é uma visão interessante de quem esteve tão próximo do pensador.

Freud revolucionou o pensamento do homem, construindo um conhecimento psicanalítico que apresenta as manifestações inconscientes por meio dos sonhos, atos falhos e chistes. Chocou a todos quando comprovou a existência da sexualidade infantil e sua relação com os sintomas neuróticos nos adultos. Gerou desafetos com suas críticas à religião e às repressões individuais. Freud, definitivamente está morto, mas seu pensamento continua vivo e pulsante até hoje.

Fonte: Folha.Com

Editar um texto não é procurar erros gramaticais, ensinam jornalistas

Magrinho, esbelto, sem pneuzinhos e gorduras localizadas. É desta (boa) forma que o texto ficará após ser passado a limpo, segundo as jornalistas Arlete Salvador e Dad Squarisi. O processo equivale a mandar as linhas para o spa.

As autoras de "Escrever Melhor" atentam o leitor que é inútil brigar com a balança da gramática ou resistir ao regime e preservar o tamanho do texto. Pelo contrário, só perderá no conteúdo. Enxugar, aqui, significa priorizar ali.

Uma dieta rica em substantivos e pobre em adjetivos é o recomendável, conforme as jornalistas. Sobrecarregar o leitor com informações irrelevantes não vale a pena. Editar é fundamental e vai além da caça de erros.

"Vale deixar claro: editar não é procurar erros gramaticais (embora devam ser corrigidos se aparecerem). Também não é incluir palavras difíceis porque vocabulário inacessível compromete a naturalidade da escrita. A edição pode ser resumida em dois verbos - cortar e trocar", explicam no livro.

Os instrumentos de trabalho que Arlete e Dad recomendam são o facão e o pé de cabra. Com o primeiro, o autor do texto eliminará frases longas e vagas. Utilizará o segundo para abrir espaço na pontuação e nos vocábulos, alargar frases e descomplicar orações.

Fonte: Folha.Com

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Próximo Enem vai selecionar 92 mil vagas para federais

Apesar dos percalços recentes, como vazamento e adiamento da prova, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terá alcance maior, informa reportagem de Patrícia Gomes e Andressa Taffarel publicada nesta quinta-feira pela Folha (íntegra para assinantes do jornal e do UOL).

Levantamento feito pela Folha nas 59 universidades federais e com dados dos 39 institutos federais mostra que mais de 92 mil vagas serão oferecidas exclusivamente com a nota do Enem, sem que o aluno precise fazer outras provas.

A projeção é que, em 2011, essas instituições tenham ao todo 235 mil vagas, a serem preenchidas também por outros processos seletivos.

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

31 Anos de História


22 de Setembro de 1979, a EEFM Rotary Club São Miguel era inaugurada. Desde lá muita coisa aconteceu e hoje,
por este dia tão importante a equipe do blog parabeniza à todos que fazem esta Escola Rotary funcionar.
Parabéns!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Diálogo entre professores garante melhor ambiente para aprendizagem


Um livro de educação direcionado aos educadores. Um livro direcionado para além das teorias das salas de aula. "As Reuniões na Escola e a Construção Coletiva do Projeto Educacional", de Francisco Carlos Franco pede atenção para outro campo importante nos modelos educacionais: os encontros entre os profissionais da educação envolvidos no mesmo projeto. E para o sucesso deste objetivo, o profissional sugere o diálogo democrático para a escuta e observação das reais necessidades dos usuários das instituições.

Na visão do autor, o que se percebe é que "em muitas escolas há dificuldade de estabelecer uma dinâmica cooperativa e participativa em seu cotidiano, com a permanência de diretores, coordenadores pedagógicos, professores, funcionários, alunos e pais num isolamento que compromete o objetivo precípuo da escola: a educação de nossas crianças e nossos jovens."

De forma crítica, Franco promove a discussão a partir da reflexão dos modelos educacionais "engessados" em grande parte das instituições. Falta de empenho, preguiça, inexperiência e desmotivação trabalham juntas e prejudicam as estruturas organizacionais escolares.


"A estrutura burocrática e centralizadora de muitas organizações escolares impossibilita o desenvolvimento de um trabalho em equipe nas escolas, reproduzindo a própria estrutura da sociedade, na qual o isolamento e o individualismo são características marcantes do sistema capitalista em que estamos inseridos", afirma o autor.

Estimular o debate para o bem coletivo envolve uma das principais discussões do livro. Francisco Carlos Franco também aborda ao longo dos nove capítulos o planejamento, condução e avaliação das reuniões, além dos encontros entre pais e mestres.

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Há 89 anos nascia Paulo Freire, importante educador brasileiro


Paulo Freire (1921-1997) é considerado um dos maiores educadores brasileiros de todos os tempos. Conhecido mundialmente pela "Pedagogia do Oprimido", Freire obteve reconhecimento com o sucesso da eficiente e rápida educação popular de adultos.
Formado em direito, não exerceu a profissão, tendo escolhido direcionar a carreira para o magistério. Contudo, as experiências nas salas de aula incomodaram Freire, porque ele entendia que com forma tradicional de ensino o conhecimento não avançava.
De acordo com seu pensamento, o aluno no papel passivo - de ouvinte -- não consegue desenvolver o senso crítico, ao mesmo tempo em que o professor, no vício de ensino sem questionamentos, também fica refém do próprio saber.
Conhecido como "Método Paulo Freire", a teoria visa o ensino mais rápido e objetivo dos alunos. E mais do que isso, o educador defende que as aulas devem instigar o conhecimento e provocar o questionamento por parte dos alunos.




Fonte: Folha.com

Pedagogo explica o que fazer antes de escolher a carreira; leia entrevista na íntegra


O pedagogo Silvio Bock, diretor do Nace, empresa de orientação profissional, já ajudou milhares de jovens no difícil momento de decisão por um curso superior.


O método da abordagem sócio-histórica, criado por ele, leva em conta a evolução da sociedade, das instituições e das tecnologias. E emprega um processo que contextualiza as necessidades e anseios da adolescência com a realidade do mercado e dos campos de trabalho.
Confira a entrevista com o consultor, que fala sobre as profissões recém-criadas:


Leia a entrevista, CLIQUE AQUI.
Fonte: Folha.com

A 47 dias do enem, em que você está focando seus estudos para se preparar?

A pouco mais de um mês e meio das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010 –faltam precisamente 47 dias–, é hora de o estudante começar a se preparar para a maratona dos dias 6 e 7 de novembro. Isso não quer dizer, claro, que ele já não deveria estar estudando desde bem antes. O coordenador do Anglo, Alberto Francisco do Nascimento, diz que a melhor maneira de se preparar é estudando para todas as matérias. “É manter o ritmo desde o começo do ano. Como se vai aprender física? Estudando.” Mas, e quando já não há muito jeito e o estudante está “atrasado” no seu calendário? Bom, daí, o negócio é tentar seguir o mesmo ritmo de revisões de quem já está com os livros abertos há mais tempo. E o que estudar? O UOL Educação preparou um álbum com possíveis temas que podem cair na prova, selecionados pelos dois professores e pelo diretor do Colégio Vértice de São Paulo, Adilson Garcia.
* As informações são do UOL Vestibular.A 47 dias do enem, em que você está focando seus estudos para se preparar?

Fonte: UOL Educação

Aparelho digital priva cérebro de repouso e prejudica aprendizagem, diz pesquisa

A tecnologia permite aproveitar com algum entretenimento esperas em fila, corridas em academia ou deslocamentos em ônibus. Porém, cientistas norte americanos apontam para um efeito colateral: quando as pessoas mantêm o cérebro ocupado com dados digitais, desperdiçam as pausas que lhes permitiriam aprender melhor, lembrar de informações e até mesmo ter novas ideias. Uma experiência feita da Universidade da Califórnia (UC), em São Francisco, mostrou que quando cobaias fazem uma nova experiência, seus cérebros registram novos padrões de atividade. Mas só quando descansam elas processam esses padrões de modo a criar uma memória persistente. Um cérebro é constantemente estimulado pode ter dificuldades no processo de aprendizagem, segundo Loren Frank, do Departamento de Fisiologia da UC. As pessoas aprendem melhor depois de uma caminhada na natureza do que em um ambiente urbano, segundo um estudo da Universidade de Michigan. Isso pode sugerir que o processamento de muitas informações cansa.Para ouvir o Capital Humano, clique aqui.

Fonte: Portal Aprendiz

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Novas tecnologias já podem ser usadas nas salas de aula


Diretores de escolas, coordenadores pedagógicos e professores da educação infantil já podem usar em sala de aula oito novas tecnologias educacionais pré-qualificadas pelo Ministério da Educação (MEC). As ferramentas são específicas para a educação infantil e integram o Guia de Tecnologias Educacionais.

A chamada pública do MEC recebeu inscrições de 26 objetos educacionais produzidos por empresas, editoras, organizações sociais e institutos. De acordo com o coordenador-geral de tecnologias da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Raymundo Ferreira Filho, as tecnologias são instrumentos de apoio colocados à disposição dos gestores públicos e dos educadores. Raymundo salienta que a aplicação auxilia os professores na diversificação e no desenvolvimento das aulas, na motivação dos estudantes e na qualificação do ensino.

Três entidades com tecnologias educacionais pré-qualificadas na área de correção de fluxo escolar foram contratadas pelo MEC, este ano, para atender 833,3 mil estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Os alunos, de escolas de 1.174 municípios com baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb), estão em séries incompatíveis com a idade cronológica. Segundo Raymundo, a correção de fluxo nessas escolas começou em maio, com tecnologias desenvolvidas pelos institutos Ayrton Senna e Alfa e Beto e pelo Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa). O objetivo da ação é superar a defasagem escolar no período letivo de 2010.

O Guia de Tecnologias Educacionais relaciona os 141 objetos pré-qualificados até 2009 e traz um resumo de cada uma das propostas. Este ano, serão inseridas as cinco tecnologias pré-qualificadas para as escolas rurais e as oito da educação infantil.

Fonte: Nota 10

Redes sociais oferecem um novo modo de aprender


Além de manter relacionamentos e discussões ao redor do globo, agora as redes sociais também são um meio para aprender novas línguas. Pelo menos esse é o objetivo de sites como Italki.com e Livemocha.com. Ambos reúnem estudantes dispostos a trocar aulas de seus idiomas nativos entre si para, dessa forma, fazer novos amigos e ao mesmo tempo estudar. E as iniciativas colaborativas da web não param por aí.

Lançado recentemente, o dicionário online Linguee desenvolveu um modelo diferente para traduzir palavras, gírias e expressões. Em vez de adotar os modelos tradicionais de grandes dicionários, o site usa textos bilíngues, já disponíveis na rede, para oferecer traduções contextualizadas aos seus usuários. Quando há mais de um resultado para as buscas, as opções mais bem votadas pelos usuários do site ficam em destaque.

A internet também proporciona iniciativas como o Forvo, ferramenta que usa o slogan: “Todas as palavras do mundo. Pronunciadas”. O site oferece mais de 693 mil pronúncias em 258 idiomas distintos, todas disponibilizadas por voluntários do mundo todo.

Fonte: http://catracalivre.folha.uol.com.br

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Livro de exercícios ajuda na preparação do Enem


"+ Enem: Nova Edição (com Revista Atualiza)" (Ético Sistema de Ensino, 2010) reúne atividades para preparar os estudantes em todas as áreas de conhecimento exigidas no Exame Nacional do Ensino Médio.

O livro traz uma análise da prova e do formato das perguntas, com as melhores estratégias para resolvê-las, dezenas de questões inéditas e as técnicas necessárias para se fazer uma boa redação.

A publicação vem ainda com a revista "Atualiza", que reúne os principais tópicos da atualidade como eleições, aquecimento global e células-tronco, todos com exercícios para melhor assimilá-los.

Os dois volumes são ricamente ilustrados e têm linguagem acessível para os estudantes.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Enem, vestibular e controvérsias


O Exame Nacional do Ensino Médio acontecerá nos dias 6 e 7 de novembro de 2010. Pelo menos é o que está marcado.

Como aluna em ano de vestibular, era de se esperar que eu fizesse a prova. No entanto, não me inscrevi para o Enem este ano.

Foi com certo alívio que fiquei sabendo que as faculdades para as quais prestarei vestibular não vão utilizar a nota do Enem este ano. Entretanto, fiquei pensativa a respeito do que eu faria caso ocorresse o contrário. Afinal, é bom poder utilizar a nota em meu benefício, mas será que esse é um exame que, de fato, me avalia como aluna?

Ano passado, algumas mudanças ocorreram: a duração da prova aumentou, juntamente com o número de exercícios, com o intuito de criar questões que avaliassem a capacidade do estudante de interpretação e da aplicação de conceitos básicos sobre a matéria do colegial.

Para terminar a prova no tempo disponível, é preciso que o estudante seja um leitor hábil, já que é exigida a interpretação de pelo menos um texto diferente para responder cada questão; ter um bom resultado requer, pois, de muito treino.

Simpatizo com a iniciativa do MEC de elaborar um exame com questões que fujam do padrão do vestibular tradicional, o qual muitas vezes beira à memorização. Mas, no meio de 180 questões de interpretação (e mais uma redação), eu sinto que o que mais está sendo avaliada é a minha resistência, e não o meu conhecimento. Portanto, não penso que um aluno que seja resistente à prova mereça mais do que uma outra pessoa que não seja, caso ambos sejam igualmente inteligentes e capazes de cursar uma boa universidade.

Apesar disso tudo, vejo um lado bom: acho o intuito de inserir mais alunos de escolas públicas no ensino superior excelente. Algumas universidades, como a Unifesp e a Ufscar, adotam o Enem como critério de seleção de candidatos, integralmente ou parcialmente. O Programa Universidade para Todos (ProUni) também ajuda quem tem renda familiar baixa a ingressar em cursos superiores, concedendo bolsas integrais ou parciais dependendo do desempenho do candidato, o que foi um caso de uma amiga minha, que ingressou recentemente no centro universitário São Camilo com bolsa integral.

O sistema de seleção de candidatos em vestibulares, de uma maneira geral, pode ser controverso, já que há também a questão da concorrência desigual entre estudantes de rede pública e particular. Diante disso, eu me pergunto: qual, então, a melhor maneira de selecionar vestibulandos na nossa realidade? Bom, na minha opinião, antes de mudar radicalmente o sistema de seleção, é preciso repensar a situação da educação brasileira.

Por Luciana Marques

Tempo médio de estudo do brasileiro não chega aos 8 anos do ensino fundamental


Em 2009, o tempo médio de estudo dos brasileiros com mais de dez anos ficou em 7,2 anos, menos que os oito necessários para concluir o ensino fundamental, obrigatório no país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (PNAD), divulgada na última quarta-feira (8/9), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O quadro é preocupante. Não conseguimos nem garantir o ensino fundamental II, que dirá toda educação básica, que vai até o ensino médio”, avalia o especialista em Educação de Jovens e Adultos, Roberto Catelli, da organização não governamental Ação Educativa. “Existem documentos internacionais assinados [sobre conclusão da educação básica] que temos dificuldade de cumprir”.

Falta de renda das famílias pobres e trabalho infantil são dois dos principais motivos responsáveis pela baixa escolaridade dos brasileiros, para o especialista. “A faixa em que começa a evasão está entre 12 e 14 anos. São alunos que saem da escola para trabalhar pela necessidade de ganhar dinheiro, em um emprego que muitas vezes é ilegal devido à idade”, conta.

Outro problema, principalmente para o ensino médio, é a falta de perspectivas com relação ao estudo. “O jovem pobre não se forma para entrar na universidade e nem para o trabalho. A chance de evadir é muito grande”, avalia Catelli.

O tempo médio de estudo é menor entre quem tem mais de 60 anos, ficando em 4,2 anos. “A sociedade precisa assumir o envelhecimento da população”, avalia a professora da Universidade de São Paulo (USP), Maria Clara Di Pierro, especialista em alfabetização e educação de adultos. “Assim, a população idosa não participa da expansão de oportunidades e de renda”.

A menor média de tempo de estudo está na Região Nordeste, que apresentou seis anos em 2009, seguida pela Norte, com 6,7 anos. Segundo a professora, o analfabetismo e a baixa escolaridade são mais presentes nas regiões pobres, principalmente nas rurais e de difícil acesso. A Região com mais tempo de estudo é a Sudeste, com 7,8 anos, seguida pela Sul, com 7,6 e pela Centro-Oeste, com 7,5.

Analfabetismo
Em 2009, 9,7% dos brasileiros eram analfabetos, o equivalente a 14,5 milhões de pessoas. O total é 0,3% menor que o registrado em 2008, segundo os dados da PNAD.

“No Brasil, o percentual de analfabetos vem caindo de maneira muito lenta ao longo do século 20. Porém, os números absolutos só começaram a diminuir a partir do ano 2000”, afirma Maria Clara Di Pierro. “Há uma teoria que conforme os analfabetos envelhecem, é mais é mais importante alfabetizar os jovens. Mas, é importante atentar que quem não sabe ler teve seus direitos educativos violados e tem direito de aprender”.

“A alfabetização não é prioridade para os investimentos públicos, tanto que mesmo reduzindo a pobreza, o Brasil não reduziu o analfabetismo significativamente”, analisa. “Temos que sempre começar do zero, com campanhas de divulgação e professores com baixa formação”.

Solucionar o problema requer articular políticas públicas de saúde e geração de renda com a escola, segundo Maria Clara. “É preciso pensar em uma política integral, com atividades de cooperativismo ou capacitação profissional. O modelo essencialmente escolar não é atrativo”, conclui.


Fonte: Portal Aprendiz

A difícil escolha da profissão



Meu nome é Pedro, tenho 17 anos e estou no ultimo ano de escola. Sempre me imaginei terminando a escola e já saindo direto pra faculdade. Mas pelo que vejo não será tão fácil.

Só faltam dois meses pra começarem os vestibulares e ainda não sei o que coloco na minha ficha de inscrição. São mais de 200 cursos, não tenho ideia de como eu posso escolher uma. È algo sério e por toda a vida, não é algo que resolvo com uma brincadeira de “minha mãe mandou...”.

Gosto bastante de esportes, poderia fazer Educação física é claro, mas sou muito preguiçoso e não estou numa boa fase física. Não sei se conseguiria ter retorno financeiro. Então posso fazer Engenharia, apesar de odiar matemática.

Acho que preciso de ajuda, procurar algo ou alguém que possa me auxiliar nessa fase. Apenas não sei como.

Acho que posso adiar a decisão e me dedicar ao cursinho no outro ano. Ou fugir e fazer um intercambio. Ou dormir e fazer algo agora antes que fique neurótico com essas dúvidas.

Esta história é algo fictício, mas que deve ocorrer na mente de muitos jovens (inclusive eu) quando se chega nessa fase da escolha profissional.

O peso que esta decisão nos gera é angustiante. Muitas vezes não nos sentimos capazes de decidir os nossos próximos 50 anos com apenas 17 ou 18 de idade. Existem aqueles que desde a infância carregam consigo a vontade de exercer aquela profissão e não precisam passar por tudo isso.

Informações pra esta escolha não nos falta. Temos revistas, sites, livros, jornais (como a Fovest) e até feiras (como a Feira Guia do Estudante ocorrida no ultimo fim de semana) pra nos ajudar nesta fase de escolha. Podemos também procurar profissionais que nos orientem. Temos tudo ao nosso auxilio.

Decisões como esta nos dá a tal maturidade que todos nós dizemos ter. É algo pra toda a vida, é a definição de como iremos viver, trabalhar, com quem iremos nos relacionar e enfim. Não devemos procurar algo que apenas nos dê retorno financeiro, mas algo que goste e nos dê prazer em fazer.

Faça esta escolha com consciência e lembre que após esta surgiram outras dúvidas: como estudar pro vestibular? onde estudar? Cabe a nós tomar a decisão, que é exclusivamente nossa.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PROMINP têm inscrições prorrogadas

Queridos alunos leiam o edital do PROMINP, que é um programa de qualificação onde você faz cursos gratuitos e ainda pode ficar recebendo uma bolsa de estudos enquanto durar o curso.

As inscrições foram prorrogadas até amanhã, dia 14 de Setembro. Não percam esta oportunidade!

CLIQUE AQUI e veja como fazer sua inscrição.

Fonte: PCI Concursos

Cibercultura e Educação

Com os avanços tecnológicos da sociedade atual em um único aparelho como o celular podemos dispor de vários recursos ... e a escola? proíbe o uso. Com os sites de relacionamento não é diferente, mesmo sabendo o quanto a cultura da língua escrita entre os jovens tem sido motivada a partir de sites como Orkut, MSN ...
Vivemos trancados em nossas casas, mas não estamos mas sozinhos.É fácil o acesso a rua, aos amigos, o mundo em um clik... as crianças dominam e operam essas novas tecnologias com muita facilidade (nativos digitais) nós imigrantes desde muito tempo estamos tentando aprender e utilizar melhor esses recursos disponíveis no mercado. O que percebo é um descompasso muito grande entre a dinâmica social e tudo que a cibercultura nos oferece e a situação da escola que permanece estática (salvo algumas exceções ) ... Para o profissional da educação o desafio é real e urgente, pois não pode simplesmente pensar “proibir em quanto eu aprendo...”
A EaD vem se constituindo em nosso país um bom exemplo de como o paradigma da cibercultura está sendo incorporado na prática e os benefícios que temos conseguido através dessa modalidade de ensino ao proporcionar formação profissional para os municipios fortalecendo a cultura e a comunidade local. Segundo Edgar Morin é preciso mudar o pensamento dos professores, eis o desafio que essa mudança de paradigma nos impõe.
(obs) trechos da participação no curso UFC/EaD/solar

Santos Dumont e o vôo do 14 Bis.(13 de Setembro)


Alberto Santos Dumont, o intrépido brasileiro, nascido em Minas Gerais, colocou o mundo aos seus pés quando em 1906 fez voar o 14 Bis, a sua maior invenção. Aliás, a invenção de Santos Dumont modificou o mundo.


O 14 Bis foi o protótipo do mais moderno meio de transporte, o avião.

Formado em Ciências, pela Universidade do Rio de Janeiro, Santos Dumont demonstrava a sua aptidão para a Mecânica e a Aeronáutica e, ainda jovem, mudou-se para Paris, onde pôs em prática toda sua inteligência e inventividade. Além do Balão Dirigível e do Aeroplano, Dumont inventou também o Hidroplano. O relógio de pulso também foi criado por sua genialidade.


Alberto Santos Dumont adiantou-se meio século aos homens da sua época. Adivinhou um mundo novo, unido por vias aéreas, onde os veículos transportariam, rapidamente, de um lugar para o outro, viajantes, correios e mercadorias. A máquina de Dumont, mais pesada que o ar decolou para a história e, juntamente com seu vôo, projetou o nome do Brasil para além do século XX.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1780512-santos-dumont-v%C3%B4o-14-bis/

Confira os livros que deram o que falar nesta semana


"Travessuras de Mãe"

São 72 crônicas da atriz Denise Fraga sobre as agruras e doçuras de ser mãe. Os textos transbordam delicadeza, dúvidas, bom humor, vontade de acertar, otimismo e muito amor.

"A Arte da Persuasão"

O dia do voto se aproxima. Na reta final da campanha, aprenda a julgar os candidatos pela expressão corporal. Este livro mostra como os gestos dizem muito sobre a gente. Leia trecho.

"O Alcorão"

Medo! Às vésperas do aniversário dos ataques do 11 de Setembro, um pastor convocou queima do livro sagrado do Islã, despertando o risco de um revide violento à provocação religiosa.

"1822"

Setembro já tem um best-seller. O lançamento de Laurentino Gomes é o livro mais vendido da Livraria da Folha nos dez primeiros dias do mês, reforçando o "boom" da estante de história.

"Política"

Quem manda, por que manda, como manda? João Ubaldo Ribeiro busca respostas, em uma reflexão oportuna sobre os limites dos governantes e as frustrações dos eleitores. Leia trecho.

"Sete Lições Sobre as Interpretações do Brasil"

Com a tendência de continuísmo na política brasileira, nada mais apropriado neste momento do que questionar os mitos sobre nossa identidade, como fizeram sete grandes intelectuais.

"Deu no New York Times"

Em 2004, Larry Rohter, jornalista do "The New York Times", insinuou que Lula era um beberrão. Neste livro, ele revela os bastidores da controvertida reportagem, acusada de conspiração.


Fonte: Folha Online

Baixa escolaridade mantém país no "top 10" da desigualdade mundial, avalia economista da FGV

A baixa escolaridade da população brasileira mantém o país entre as dez nações mais desiguais do mundo. “Ainda estamos no top 10 da desigualdade mundial”, afirma o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais vinculado à FGV (Fundação Getulio Vargas), Marcelo Côrtes Neri.

Análise publicada pelo economista na última sexta-feira (10) mostra que desde 1996 há redução do índice de Gini. O indicador, que mede a concentração de renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele ano, para 0,5448, em 2009.

Apesar da queda, o índice brasileiro é superior ao de países como os Estados Unidos (em torno de 0,400) e da Índia (0,300); e está próximo ao de nações mais pobres da América Latina e do Caribe e da África Subsaariana. “Saímos do pódio, mas ainda estamos entre os mais desiguais”, aponta o economista.

Segundo Marcelo Neri, para diminuir a desigualdade é preciso que a renda das classes mais baixas continue crescendo; que se mantenham programas sociais focados na população mais pobre; e, sobretudo, que o Estado amplie a oferta de educação de mais qualidade e as pessoas permaneçam na escola.

O sociólogo e cientista político Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), assinala que “a educação no Brasil é muito ruim” e que há um “excesso de valorização” da escolaridade, o que explica a grande diferença salarial entre quem tem curso superior e quem não tem nenhuma formação. Para ele, o desempenho educacional “não tem melhorado muito” e, portanto, nos próximos dez anos o quadro de desigualdade permanecerá.

Para o gerente da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Cimar Azeredo, o Brasil tem “mazelas que não se desfazem de uma década para outra”. Ele citou a diferença entre a renda de homens e mulheres, brancos e negros. “O passivo é muito grande. Somos há muito tempo um país desigual.”

O estatístico e economista Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), confirma que o país ainda vive “as sequelas do passado” demonstradas, por exemplo, na última Pnad, que, além da desigualdade perene, indica que um em cada cinco brasileiros com 15 anos ou mais tem menos de quatro anos de estudo.

De acordo com a Pnad, o percentual de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos na escola em 2009 era de 97,6%. Na avaliação dos especialistas, a permanência dessas crianças na escola resultará em melhoria de renda no futuro.

Para Marcelo Neri, da FGV, a chamada nova classe média brasileira, com mais de 95 milhões de pessoas, é formada por crianças e adolescentes que entraram e permaneceram na escola nos anos 90, quando houve universalização do acesso ao ensino.

Fonte: UOL Educação

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pesquisa mostra que intolerância religiosa ainda está presente em escolas brasileiras


Profissionais “despreparados” para lidar com religiões diferentes. Invasão de terreiros. Ofensas. Crianças isoladas por colegas e professores. Esses são alguns dos problemas encontrados por uma pesquisadora que visitou escolas de vários Estados do país e constatou que a intolerância religiosa em estabelecimentos de ensino é um problema grave e ainda invisível para as autoridades e a sociedade.

A pesquisadora Denise Carreira revela ter percebido certo “despreparo” dos profissionais de educação para lidar com o problema. Ela identificou que a principal fonte de discriminação são as religiões neopentecostais, que, segundo Denise, historicamente usam métodos de “demonização” para com algumas seitas.

Denise afirma ter observado em suas viagens casos de crianças, famílias e professores adeptos de religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda, discriminados e hostilizados no seu cotidiano. Algumas crianças chegam a ser transferidas ou até mesmo abandonam a escola em razão da discriminação.

“Existem ocorrências de violência física (socos e até apedrejamento) contra estudantes; demissão ou afastamento de profissionais de educação adeptos de religiões de matriz africana ou que abordaram conteúdos dessas religiões em classe; proibição de uso de livros e do ensino da capoeira em espaço escolar; desigualdade no acesso a dependências escolares por parte de lideranças religiosas; omissão diante da discriminação ou abuso de atribuições por parte de professores e diretores etc”, diz.

“São muitos casos e isso é, também, uma violência para com os direitos humanos, embora constitua uma agenda invisível na política educacional no Brasil”, afirma. As denúncias, sustenta Denise, mostram que as atitudes discriminatórias vêm aumentando em decorrência do crescimento de determinados grupos neopentecostais, principalmente nas periferias das cidades, e do poder que eles têm midiático.

O relatório, que será divulgado no dia 19, no Rio de Janeiro, e encaminhado a organismos internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), traz recomendações para a resolução do problema. Uma das ferramentas para fazer frente ao problema, de acordo com relatora, é a implementação da lei federal 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira em toda a educação básica.

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Heliana Frazão
Especial para UOL Educação
Em Salvador

Fonte: UOL Educação

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Eleições e Voto Consciente



É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas.

A importância do voto

Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país.
O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade.

Como votar conscientemente

Em primeiro lugar temos que aceitar a idéia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político?
É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que nosso representante anda fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo idéias para o seu representante. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. A cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático.


Fonte: Sua pesquisa.com

Estudo vincula uso de redes sociais a desempenho acadêmico inferior


Um estudo holandês vinculou o uso de redes sociais como o Facebook a um desempenho acadêmico inferior. O efeito seria consequência da forma como sites de redes sociais são usados: o usuário fica permanentemente conectado ou faz várias visitas diárias ao site enquanto realiza, simultaneamente, outras atividades.

A pesquisa, feita por Paul Kirschner, da Open University, na Holanda, foi publicada na revista científica Computers in Human Behaviour. Ela questiona teorias atuais de que o cérebro do jovem moderno, moldado pela era digital, estaria adaptado a processar simultaneamente canais múltiplos de informação.

Kirschner sugere que, em comparação com estudantes que realizam uma tarefa de cada vez, os adeptos do multitasking (fazer várias atividades ao mesmo tempo) precisam de mais tempo para o aprendizado e cometem mais erros no processamento da informação.

Ele explica que o estudo é preliminar e precisa ser aprofundado. O pesquisador entrevistou 219 estudantes de uma universidade pública holandesa.

A análise dos dados revelou que usuários do Facebook apresentaram, em uma escala de um a quatro, uma nota média de 3,06. Os que não usavam a rede social tiveram desempenho 20% melhor, alcançando em média 3,82 pontos.

O estudo também concluiu que usuários do Facebook estudaram menos horas: entre uma e cinco horas por semana, em comparação com não usuários, que disseram estudar entre 11 e 15 horas por semana.

Fonte: UOL Educação

Brasil não chegará à meta de Dacar para o analfabetismo, diz especialista

Caso a redução do analfabetismo continue no ritmo dos últimos cinco anos, o país não irá chegar à taxa prevista na Conferência Mundial de Educação de Dacar, de 6,7% em 2015. A constatação é de Mozart Neves Ramos, membro do conselho de governança do Movimento Todos pela Educação. O especialista fez o cálculo com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Municípios) 2009, divulgados nesta quarta (8).

Segundo Ramos, vamos chegar aos 6,7% de analfabetismo somente em 2019, quatro anos depois da meta estabelecida. Em 2009, a taxa de analfabetismo ficou em 9,7%.

O especialista aponta que é preciso haver uma mudança de estratégia para a diminuição do analfabetismo nas áreas em que ele mais se concentra: nas zonas rurais da região Nordeste e na faixa etária de 25 anos ou mais. Ele diz que a alfabetização, nesses casos, deveria estar nas mãos dos municípios, que estão mais próximos de áreas mais isoladas do que as secretarias estaduais. "Além disso, é preciso criar mecanismos de estímulo: por que não criar um bolsa alfabetização?", questiona.

"A tendência de evasão [dos programas de alfabetização] é muito alta: você faz a matrícula e depois de um ou dois meses, tem uma perda importante. São pessoas que tem um trabalho pesado na lavoura durante o dia e é muito difícil segurá-las", explica. "A experiência mostra que deve-se fazer um trabalho de formiguinha, em que o alfabetizador vá onde estão as pessoas. Não é só esperar que esses adultos frequentem as aulas, é preciso mantê-los, mostrando como isso pode repercutir não só na vida deles, mas na dos filhos e netos", diz.

Índice de alfabetização

Ramos critica o fato de o país não ter um "indicador nacional de alfabetização". "Quando analisamos a Pnad, que é declaratória, vemos que o percentual de crianças alfabetizadas é alto. Esses dados não batem com os do Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional)", diz.

Para o especialista, a Provinha Brasil --exame do MEC (Ministério da Educação) que avalia a alfabetização-- tem mais serventia para os professores do que para os gestores, "que têm a responsabilidade de 'fechar essa torneira'". "Por que [a segunda série] não tem indicador nacional, como tem a 4ª série? É muito longe; às vezes, até lá, o leite já foi derramado", opina.

Analfabetismo funcional

Quanto aos resultados do país em analfabetismo funcional --20,3% dos brasileiros é analfabeto funcional--, Ramos salienta que o país precisa incentivar não só a alfabetização, mas a leitura. "É importante que o analfabetismo não acabe no primeiro esforço. O povo lê muito pouco, menos de dois livros por ano. Temos pouquíssimas bibliotecas", diz.

"Hoje, o adolescente usa muito as 'lan houses'. Tem educador que diz que deveriam acabar com elas, mas deveríamos usar esse espaço para promover o conhecimento, assim como todo lugar em que se possa promover os livros", conclui.

Fonte: UOL Educação

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PROMINP - PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

Queridos alunos leiam o edital do PROMINP, que é um programa de qualificação onde você faz cursos gratuitos e ainda pode ficar recebendo uma bolsa de estudos enquanto durar o curso.

Para fazer um curso você terá que se inscrever até 12/09 pela internet, pagar a taxa referente ao mesmo, fazer uma prova e deverá ter 18 anos completos no ato da matrícula do curso. Lembrando que qualquer pessoa pode se increver, desde que atenda às normas do edital.


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Dia Mundial da Alfabetização


O dia mundial da alfabetização é comemorado em 8 de setembro.

A alfabetização é o processo que desenvolve as habilidades de leitura e de escrita de um sujeito, tornando-o capaz de identificar e decifrar os códigos escritos.

A UNESCO se comprometeu a diminuir os índices de analfabetismo no mundo, pois nos países subdesenvolvidos cerca de 25% de adultos e crianças não sabem ler e escrever, chegando a um total de novecentos milhões de pessoas.

O índice de cidadãos alfabetizados de um país indica o nível de desenvolvimento do mesmo. Quanto mais pessoas analfabetas, menos desenvolvimento. Isso faz com que governantes procurem favorecer suas estatísticas, criando projetos que melhorem essas taxas, mas não garantem o aprendizado, como a educação por ciclos, onde os alunos não podem repetir o ano, sendo aprovados para as séries seguintes, mesmo apresentando grandes deficiências.

Os métodos mais utilizados no processo de alfabetização normalmente levam os nomes de seus precursores. Jean Piaget, Montessori, e Paulo Freire são exemplos disso.

A comemoração da data no Brasil acontece desde 1930, no dia 14 de novembro, data da fundação do Ministério da Educação e Saúde Pública. Foi uma importante conquista do governo de Getúlio Vargas, que havia acabado de tomar posse.

A criação do ministério visava promover o ensino primário e combater o analfabetismo no país.

Em 2000, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou o censo sobre educação, concluindo que o índice de analfabetismo no país atinge cerca de 13% da população do Brasil com mais de dez anos de idade; a população de analfabetos absolutos de nosso país ultrapassa o número de 16 milhões. Além desses índices, existem as pessoas com mais de quinze anos que não permaneceram por quatro anos nas escolas, consideradas analfabetas funcionais – leem, mas não interpretam, numa margem de trinta milhões de brasileiros.

As grandes incidências de analfabetismo em um país o deixa mais propenso a aceitar as imposições dos governantes, assim como dos meios de comunicação de massa, pois essa parte da população torna-se despreparada para compreender os problemas sociais e lutar por seus direitos enquanto cidadãos.

Fonte: Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

"Cara feia pra mim é fome"; conheça novo dicionário de expressões populares


"Cara feia pra mim é fome". Diz-se quando não se tem medo de cara feia ou não se impressiona com ela. Ex.: Não adianta ficar me olhando desse jeito, cara feia pra mim é fome.

"Capitão manda, marinheiro faz". É aconselhável respeitar a hierarquia, cumprindo as ordens que vêm de cima. Ex.: Mesmo contrariado, fez o trabalho que o chefe exigiu; capitão manda, marinheiro faz.

"Botar a bunda na janela". Ficar exposto a críticas, a ataques ou a algum perigo. Ex.: Se eu aceitar as suas mordomias, vou botar a bunda na janela.

Esses são exemplos de expressões populares brasileiras que estão no livro "Conversando é que a Gente se Entende", lançado pela editora LeYa. São mais de 10 mil registros da riqueza da expressão coloquial do brasileiro. Mais exemplos retirados do livro:

"É nessas horas que se conhecem os amigos". Nos piores momentos é que os verdadeiros amigos aparecem. Ex.: Ele foi o único que me ajudou, é nessas horas que se conhecem os amigos.

"E na bundinha, não vai nada?". Pergunta-se, como forma de protesto, a quem pretende levar vantagem em algo. Ex.: Você diz que quer ficar com a maior parte da herança, e na bundinha não vai nada?

"Já ter sido lírio do campo, agora ser tiririca do brejo". Não ter mais a situação, condição ou posição de destaque que teve outrora. Ex.: Rico, todos o bajulavam; pobre, está abandonado; já foi lírio do campo, agora é tiririca do brejo.

O livro foi escrito pelo carioca Nélson Cunha Mello, professor de língua portuguesa, ator, pesquisador e revisor. A capa é produção do escritório de design de Sergio Campante.

"Este dicionário nasceu do meu fascínio pela palavra. A palavra escrita ou falada. Em prosa ou em verso. Em linguagem culta ou coloquial. Em sentido literal ou figurado. A palavra, com toda a sua beleza e versatilidade. Com todo o encantamento e a sedução do seu mágico universo dfe significados", escreve o autor na introdução do livro, apresentada com o título apropriado de "Dois dedinhos de prosa".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

"O Brasil de hoje deve sua existência à capacidade de vencer obstáculos que pareciam insuperáveis em 1822", diz Laurentino Gomes


O jornalista Laurentino Gomes costuma dizer que escrever sobre a Independência do Brasil era "quase uma obrigação". Jornalista experiente e talentoso, ele é autor do famoso 1808, livro que narra as aventuras da família real no Brasil. Por que ler 1822? "Este é um livro reportagem, escrito em linguagem simples e acessível a qualquer pessoa interessada em entender um pouco melhor o Brasil de hoje", conta Laurentino.

Segundo ele, a colônia que viria a ser o Brasil, "tinha tudo para dar errado". Confira trechos da entrevista concedida ao UOL Educação, por e-mail:

UOL Educação - 1822 é um livro apenas para quem gosta de histõria?
Laurentino Gomes - No livro eu mostro que em 1822 o Brasil tinha tudo para dar errado. De cada três brasileiros, dois eram escravos, negros forros, mulatos, índios ou mestiços. O analfabetismo era geral. Os ricos eram poucos e, com raras exceções, ignorantes. O isolamento e as rivalidades entre as províncias prenunciavam uma guerra civil, que poderia resultar na divisão do território, a exemplo do que já ocorria nas vizinhas colônias espanholas. Sem dinheiro, o novo país nascia falido. Curiosamente, esse Brasil improvável conseguiu se manter unido e se firmar como nação independente por uma notável combinação de sorte, acaso, improvisação, e também de alguma sabedoria. O Brasil de hoje deve sua existência à capacidade de vencer obstáculos que pareciam insuperáveis em 1822. E isso, por si só, é uma enorme vitória, mas de modo algum significa que os problemas foram resolvidos. Ao contrário. A Independência foi apenas o primeiro passo de um caminho que se revelaria difícil, longo e turbulento nos dois séculos seguintes. As dúvidas a respeito da viabilidade do Brasil como nação coesa e soberana, capaz de somar os esforços e o talento de todos os seus habitantes, aproveitar suas riquezas naturais e pavimentar seu futuro persistiram ainda muito tempo depois da Independência.

UOL - Dom Pedro 1º é de fato, o protagonista da histõria da Independência do Brasil?
Laurentino - D. Pedro foi um meteoro que cruzou os céus da história numa noite turbulenta. Deixou para trás um rastro de luz que ainda hoje os estudiosos se esforçam por decifrar. Viveu pouco, apenas 35 anos, mas seu enigma permanece nos livros e nas obras populares que inspirou. Raros personagens passaram para a posteridade de forma tão controversa. Era uma força viva da natureza.

UOL - E o Dom Pedro chefe de Estado, como era? Tinha ideias próprias ou sempre estava sob as asas de José Bonifácio?
Laurentino - Nas idéias políticas, D. Pedro foi um personagem à frente do seu tempo. Era admirador de Napoleão Bonaparte, o homem que havia obrigado seu pai, D Pedro, a fugir de Portugal. Tinha um discurso liberal, mas uma índole autoritária. Fechou a constituinte em 1823 porque os deputados não se curvaram à sua vontade e, no ano seguinte, outorgou ao Brasil uma das constituições mais liberais e avançadas da época. Depois de abdicar ao trono brasileiro, em 1831, voltou a Portugal para defender as idéias liberais numa guerra épica contra o irmão, D. Miguel, que havia usurpado o trono português em um golpe absolutista. A vitória de D. Pedro nessa guerra foi celebrada pelos liberais no mundo todo. Era, portanto, um homem que idéias próprias e bem diferentes daquelas defendidas pelo seu pai, D. João VI, e a mãe, Carlota Joaquina, que os últimos soberanos absolutos de Portugal.

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Antônio Carlos Olivieri
Karina Yamamoto
Em São Paulo

Fonte: UOL Educação

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Número de vagas nas universidades deve aumentar


O número de vagas para ingresso nas universidades do país vai aumentar de 113 mil para 250 mil como consequência dos investimentos em educação feitos pelo governo, que triplicaram o orçamento do Ministério da Educação (MEC) de R$ 20 bilhões para R$ 60 bilhões. Segundo a Agência Brasil, a informação foi dada na semana passada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao discursar na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que ocorre no Palácio Itamaraty, em Brasília.

Haddad disse que o anúncio oficial sobre o crescimento de mais de 100% nas vagas para acesso às universidades será feito brevemente e comparou os investimentos em educação com o Programa Bolsa Família. Segundo ele, os R$ 60 bilhões do orçamento atual do ministério representam “três bolsas famílias”.

Além das 250 mil vagas nas universidades federais, ele disse que haverá mais 150 mil nas particulares, graças ao Programa Universidade para Todos (ProUni).

Fonte: Nota 10

Carta-Compromisso apresenta desafios para seis anos

Educação de qualidade para todos e valorização dos profissionais da educação são princípios da Carta-Compromisso pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade, lançada ontem (31), na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília. O documento, assinado por 27 instituições e movimentos favoráveis à educação, é uma convocação aos futuros governantes e ao Congresso Nacional.

A Carta-Compromisso apresenta sete desafios a serem vencidos até 2016 e propõe a criação de um sistema nacional de educação. Entre os desafios, destacam-se a inclusão escolar de todas as crianças e adolescentes de quatro a 17 anos até 2016, a superação do analfabetismo de jovens e adultos e a garantia da plena alfabetização de crianças aos oito anos de idade até 2014.

O projeto de criação de um sistema nacional de educação, recomendado pela Conferência Nacional de Educação (Conae) em abril deste ano, foi retomado pelo grupo que subscreve a carta-compromisso. Pela proposta, o sistema seria estruturado em três pilares — elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) para o período 2011-2020, estabelecimento do regime de colaboração entre a União, estados e municípios e colocação em prática da lei de responsabilidade da educação, também aprovada pela Conae.

De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Educação, Carlos Ronca, a carta, resultado de meses de trabalho das instituições e movimentos, representa um compromisso com a melhoria da qualidade da educação nesta década. Ronca reconhece que o país avançou muito na educação nos últimos anos, mas considera importante a construção conjunta de um projeto nacional. “Este é um momento de festa, mas também de compromisso”, disse.

Fonte: Nota 10

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Por que os alunos das escolas públicas matam mais aula?


A PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar) 2009, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que o percentual de alunos de escolas públicas do 9º ano do ensino fundamental que admitiram ter matado escola nos 30 dias anteriores ao levantamento é mais que o dobro do das privadas: 20,7% na rede pública contra 10,1% na particular.

Para a professora Inês Barbosa de Oliveira, da Faculdade de Educação da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), o problema não é a escola em si –mas as políticas públicas feitas para a educação. “A culpa não é da escola. O problema está na política educacional que torna a escola precária, na política geral do país que não garante emprego em quantidade necessária para os que estudam se colocarem no mercado de trabalho. Isso cria um círculo vicioso”, afirma.

Segundo Inês, um outro motivo é a própria dinâmica de controle de presenças. “Há aí um sistema de controle mais eficiente nas escolas particulares, porque os pais pagam também com a expectativa que se controle a frequência dos alunos com rigor. Tem um sistema mais eficaz na escola particular”, diz.

Fonte: * As informações são do UOL Educação.

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