quarta-feira, 30 de abril de 2008

AS PALAVRAS SEMPRE FICAM

" Se me disseres que me amas acreditarei
Mas se escreveres que me amas,
acreditarei mais ainda
Se me falares da tua saudade, entenderei.
Mas se escreveres sobre ela,
eu a sentirei junto contigo.
Se a tristeza vier a te consumir e me contares,
eu a saberei. Mas se a descreveres no papel,
o seu peso será menor."
...e assim são as palavras escritas:
possuem um magnetismo especial, libertam, acalentam, invocam emoções.
Elas possuem a capacidade de, em poucos minutos, cruzar mares, saltar montanhas,
atravessar desertos intocáveis.
Muitas vezes, infelizmente, perde-se o autor, mas a
mensagem sobrevive ao tempo, atravessando séculos e gerações.
Elas marcam um momento que será eternamente revivido por todos aqueles que as lerem.
Viva o amor com palavras faladas e escritas. Mate saudades, peça perdão, aproxime-se.
Recupere o tempo perdido, insinue-se. Alegre alguém, ofereça um simples " BOM DIA ".
Faça um carinho especial.
Use a palavra a todo instante, de todas as maneiras. Sua força é incomensurável.
Lembre-se sempre do poder das palavras.
"QUEM ESCREVE PODE CONSTRUIR UM CASTELO, E QUEM LÊ PASSA A HABITÁ-LO.
(AUTOR DESCONHECIDO)

segunda-feira, 28 de abril de 2008


No sábado, dia 26 de abril, na EEFM Rotary Club São Miguel, foi realizado o Primeiro Seminário sobre Liderança, para os monitores da escola, líderes de sala e alunos do cursinho EPC ARCA.
Com os palestrantes: prof. Tales e prof. Carlos Henrique do cursinho EPC ARCA.
Convidados especiais: João Paulo representante de movimentos sociais com o idoso na comunidade, Nica o líder comunitário da comunidade São Miguel e a coordenadora do cursinho EPC ARCA Maria Helena.
Organização: Conselho escolar e Grêmio estudantil.
Apoio e realização: Direção escolar.
No sábado, dia 26 de abril na EEFM Rotary Club São Miguel, foi realizado o Seminário sobre Liderança

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A caminho de casa para a escola:“O vendedor de sonhos” *


Um dia desses a caminho de casa para a escola vivenciei um momento que muito significou em minha vida. Encontrar gente vendendo coisas dentro dos ônibus é uma cena muito comum, mas o interessante é observar as mais inusitadas situações que acontecem durante a viagem, e nesse dia, um vendedor em especial chamou minha atenção.

Diferentemente de outros vendedores, que nos aborda com textos apelativos ou entregando-nos seus doces para segurarmos, enquanto explica suas “promoções” de venda, esse, num gesto de simplicidade e educação mostrava-nos sua caixinha de bombos. Fiquei observando-o, e acho que ele percebeu, pois parou justamente ao lado da minha cadeira e propositalmente pedi para segurar sua caixinha cheia de variados doces. Eu não lhe queria comprar nada; pelo contrário, naquele momento, sem me dar conta, sentia-me impotente e super-poderosa ao mesmo tempo.

Tratava-se de uma criança de 8 anos de idade, com um olhar muito expressivo, uma pele morena, e mostrava-se muito bem cuidada, disse que estudava em uma escola pública e estava na 2ª- série; falou-me que precisava vender toda aquela caixa de bombos para ir para o colégio. Mas acho que aquele dia foi um dos dias em que ele não conseguiu ir para aula, pois estudava à tarde e já estava quase no horário.

Quando perguntei-lhe dos seus sonhos, ele falou-me que era de um dia ter dinheiro para comprar sua própria caixinha de bombons, pois só assim, o que ele ganhasse daria para ajudar sua família e também para comprar um tênis novo para jogar futebol na escola com seus colegas. Depois de alguns minutinhos de conversa em que frisei a importância da escola para sua vida, falei-lhe que era professora e que naquele momento o que eu mais queria era chegar na minha sala de aula e encontrar TODOS os meus alunos me esperando.

Ele se foi, mas eu continuo todos os dias naquele mesmo horário a caminho de casa pra minha escola, e a verdade é que com o que falamos (ou não) aquela criança hoje é para mim um lindo vendedor de sonhos, pois descobri o prazer de me sentir super-poderosa, e, cada vez que faço esse caminho, peço ao Senhor para que me ilumine e renove a minha determinação por ser professora. Acredito na escola e acredito que a educação é o super-poder do ser humano. Ele me fez descobrir também o porquê da sensação de impotência diante de uma injustiça social como essa. E Como resolver essa triste situação? Comprando seus doces? Acho que não, pois assim, estaria contribuindo mais ainda para que ele não consiga realizar seu sonho, pois cada vez que alguém compra um doce, mais ele continua na rua.

Sei das dificuldades, dos desafios do dia-a-dia da minha profissão, e tenho consciência da realidade: quantos dos meus alunos também vendem bombons dentro dos ônibus e não chegam para minha aula...?! Mas meu coração ainda se enche de esperanças; tenho sonhos, e é preciso acreditar nos sonhos. No caminho minhas expectativas vão crescendo, quando penso em inovar, propor mudanças, ou simplesmente trabalhar com a realidade; na verdade desejo que eles no caminho da escola para casa reflitam sobre

o quanto valeu a pena a lição que aprenderam naquele dia e busquem na educação libertarem-se do vilão que os escraviza e consigam suas próprias caixinhas de doces para realizarem todos os seus sonhos..

prof. Iraneide Lopes.


* Atividade de Produção textual do Curso: Formação de Tutores- Humanas – UFC Prof. Adalberto Ximenes em fev.2007.

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