quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vale a pena fazer um cursinho específico para o Enem?

Uma das ideias do MEC (Ministério da Educação) ao criar o novo formato do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) era, gradualmente, estabelecer um currículo padrão para o ensino médio e conseguir reduzir a necessidade de cursos pré-vestibulares. No entanto, o efeito tem sido contrário: estão surgindo cursos específicos para o Enem. Mas eles são tão diferentes assim dos preparatórios para os vestibulares?

Para Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora geral do curso e colégio Objetivo, não muito. Segundo ela, o Enem se aproximou dos demais vestibulares. “Na hora em que você se prepara para a Fuvest, por exemplo, você se prepara para o Enem também”, diz.

O coordenador do Instituto Henfil, Mateus Prado, é mais radical. “Os cursinhos estão tentando se manter. Em geral, o que acontece é que em algumas cidades do país o cursinho pré-vestibular está praticamente desaparecendo. Em geral, as pessoas têm mudado a capa da apostila”, afirma.

O Henfil, apesar disso, tem o que ele chamou de preparatório “experimental” para o Enem. Segundo Prado, o curso trabalha com o modelo de “aprendizagem pelo problema”. “O Enem tem alguns conteúdos mínimos, muito menores que o conteúdo do ensino médio convencional. Em geral, [o exame] pede o que os vestibulares pedem”, diz.

A favor

O coordenador de um curso para o Enem, ministrado a distância a partir do Paraná, discorda da avaliação de que um preparatório específico para o exame nacional não seja necessário. “A prova do Enem exige outro perfil, outro comportamento. O aluno não está preparado, muitas vezes, para questões que exigem mais raciocínio e menos fórmulas prontas”, afirma Marlus Geronasso, da Uninter.

Para ele, o Enem não vai acabar com os cursinhos. “Vai exigir uma mudança de perfil. Aqueles [cursinhos] que têm cantigas, coisas decoradas, terão que se atualizar. Os alunos terão que entender mais de competências e habilidades”, diz.

Fonte:UOL Educação

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