terça-feira, 17 de agosto de 2010

Conto- SEXTA-FEIRA

Ainda era noite quando Roberto saiu de casa em direção ao trabalho. Uma garoa fina e gélida batia em seu rosto. O vento frio e cortante fazia seu corpo tremer. Pela previsão do tempo aquele mês de Agosto seria um dos mais frios dos últimos trinta anos.

Roberto desceu a rua em direção ao ponto de ônibus. A rua deserta e escura estava iluminada somente por um pequeno facho de luz que saia do poste a sua frente. A cena lhe causava arrepios como um choque elétrico que percorria seu corpo do dedão do pé até o ultimo fio de cabelo. Não soube explicar se aquela sensação era causada pelo frio do inverno ou pelo medo de alguém aparecer para assaltá-lo.

Continuou caminhando em direção ao ponto que ficava no final da rua em um dos cruzamentos mais movimentados do bairro. Um barulho ensurdecedor tomou conta de seus ouvidos. Um motoqueiro passou por ele em alta velocidade. A moto passou cambaleando de um lado para o outro e com velocidade muito acima da adequada para a rua. Roberto deu um salto para o lado, tamanho o susto que levou.

– Que cara louco. Pra que correr desse jeito essa hora da manhã. Só pode querer se matar. Pensou.
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Fonte: Recanto das Letras

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