quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nova prova do Enem para prejudicados será aplicada em 218 cidades


O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) irá aplicar uma nova prova para alunos prejudicados com erros de impressão do caderno amarelo em 218 cidades em 17 Estados brasileiros. A informação foi publicada na edição desta quinta-feira (9) do Diário Oficial da União.

O número final de inscritos que irão refazer a prova, no entanto, ainda não foi divulgado. Existe uma previsão do MEC de aplicar "até 10 mil exames" no dia 15 de dezembro. A quantidade inicialmente informada era de cerca de 2.800 candidatos.

Segundo o edital, as provas serão reaplicadas para "os participantes da prova do dia 06/11/2010 identificados como prejudicados com os erros de impressão do caderno de prova da cor amarela, independente de nova inscrição". A "identificação" foi feita por meio dos registros das atas dos 116.626 locais de prova.

Os Estados em que as provas irão acontecer são: Amazonas (apenas em Manaus), Bahia (11 cidades), Ceará (43 cidades), Espírito Santo (10 cidades), Goiás (6), Maranhão (7), Minas Gerais (54), Mato Grosso do Sul (10), Pará (6), Pernambuco (apenas em Recife), Piauí (2), Paraná (6), Rio Grande do Sul (8), Santa Catarina (42), Sergipe (6), São Paulo (2) e Tocantins (3).

Apenas 3 casos em SP

Em São Paulo, há registro de apenas três casos (dois em Itaquaquecetuba e um em Ourinhos). O Estado tinha a maior quantidade de inscritos, 829.751.

A nova prova que será realizada pelos prejudicados pelos problemas com o caderno amarelo no dia 15 é a mesma que será aplicada para 17.500 detentos, em 750 estabelecimentos penais em todo o país. Os detentos fazem exame também no dia 16.

Os candidatos estão sendo avisados desde a última segunda-feira. Os alertas, que podem ser enviados por SMS (torpedo de celular), e-mail ou telegrama, serão encaminhados até meia-noite de sexta-feira segundo o MEC.

Inscritos que tenham se sentido prejudicados e que não tenham sido atendidos pelas alternativas oferecidas pelo MEC podem recorrer à Justiça. A Defensoria Pública prometeu ajuizar uma ação de indenização.

Problemas

Estudantes encontraram questões duplicadas e com ordem trocada no caderno amarelo do exame. Após a questão 29, em vez de vir a de número 30, vinha a 33. A candidata Nohara Matos, 20, de Palmas (TO), conta que teve que fazer a conferência de sua prova com outro caderno de prova. O governo confirmou a existência desses erros em alguns lotes. A gráfica RR Donnelley, responsável pela impressão das provas do Enem afirmou que o defeito identificado nos cadernos amarelos está dentro da "normalidade técnica".

O gabarito da prova do sábado também teve o cabeçalho invertido. A prova apresentava as questões divididas entre ciências da natureza e ciências humanas. O caderno de respostas tinha a mesma divisão de área, mas com ordem trocada. O Inep abriu a possibilidade de que os alunos requeressem a correção invertida do gabarito.

Houve também denúncia de vazamento da prova em Juazeiro. Uma fiscal de prova teve acesso a parte da proposta de redação. Em depoimento de confissão, a professora afirmou que o filho ficou sabendo do texto motivador. A história foi denunciada por um professor de um curso preparatório de Petrolina (PE), cidade vizinha a Juazeiro, a uma emissora de TV da região. Segundo ele, um grupo de estudantes o procurou horas antes do início das provas contando que sabiam qual era o tema da redação. O MEC eliminou o rapaz do Enem e os pais podem ser condenados a até seis anos de reclusão.

Fonte: UOL Educação

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